quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Formação Espiritual


PAI TÔ COM FOME

Vale a pena ler!!!!

Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:

- Pai, tô com fome!!!

O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência....

- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!!

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente...

Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:

- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!!


Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho...

Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo...

Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua....

Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá...

Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada...

A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades...

Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:

- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...

Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho....

Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas...

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório...

Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de
pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada...

Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias...

Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho...

Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...

Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores...

No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho...

Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando...

Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele
chamava-o para ajudar aquela pessoa....

E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres...

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar...

Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta...

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula....

Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro...

Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno...

Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço...


Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista...

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um...

Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido...

Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho:

'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!'

(História verídica)

Formação Litúrgica


Advento uma força transparente do Maranatá!

(por: Pe. Marcelo Fróes – Liturgista)




Ao participarmos da dinâmica do Ano Litúrgico, nos colocamos numa atitude de devida reverência com o mistério pascal de Cristo. Este mistério pode ser vivido ao longo do próprio Ano Litúrgico, com suas festas e seus tempos, suas celebrações, seus cantos e suas orações.
Um pequeno gesto ou rito nos introduz nesse mistério, no qual o Espírito é o grande ‘despertador’ da ação que o próprio mistério propõe a fazer em nós. Esta ação, própria do Espírito, provoca em nós uma abertura à força sacramental, força que o próprio tempo ou Ano Litúrgico traz em si. Conduzir-se a isso é propor nossas vidas ao que o mistério quer realizar em nós: fazer-nos seres de esperança, em atitude à vinda do Reino de Deus, Reino este que pode ser já vivido no Hoje da nossa história. O Tempo do Advento tem essa característica, é um tempo em que nos colocamos em atitude de alegre e piedosa expectativa pela vinda do Reino entre nós. Foi assim que viveram os personagens bíblicos, dentre eles Zacarias, Maria, João Batista, Simeão e o próprio Jesus Cristo, protagonista do Reino de Deus.

Advento, tempo de alegre e piedosa espera.

O Tempo do Advento, apresentado no início do ano litúrgico, relaciona-se com a proposta da Igreja que se faz presente no mundo. Este tempo visa mostrar através dos sinais que são próprios do Tempo do Advento, com seu sentido próprio, como a música litúrgica litúrgica, que é um sinal sacramental específico do tempo, por exemplo o cântico de Zacarias, e outros elementos podem contribuir para se viver o Tempo do Advento e dele tirar proveito espiritual para as nossas vidas e atitudes cristãs, fazendo com que essas atitudes se revertam em exercício para a convivência com o mundo cada vez mais sem esperança e impedido de dar continuidade à realização da vontade de Deus.

A Igreja vive no mundo num anseio pela vinda do Senhor. Rezamos no coração da Prece Eucarística: "Vinde, Senhor Jesus!" ou "Enquanto esperamos vossa vinda!". Mas, enquanto sua vinda não se faz plenamente, a Igreja celebra, louva e distribui os sacramentos, na esperança alegre de sua plena concretização. Por isso este tempo, em preparação ao Natal do Senhor, suscita o desejo de que o Senhor venha. Tanto no Tempo do Advento como no Natal, dá-se a realização plena do mistério pascal de Cristo, que nos é apresentado pela ótica do seu nascimento e de sua concepção terrena. Eis o sinal sacramental próprio do tempo.

Por isso, posso dizer que celebrar no Tempo do Advento é manifestar no rito e na vida um momento novo para a humanidade nova, para o mundo novo. De fato, a Igreja diz que é necessário se viver num eterno advento, afastando o mal, pois Deus age como um agricultor que recolhe os grãos no celeiro, ou como um lenhador, que coloca o machado ao toco, pronto para cumprir sua missão.

Portanto, viver o Advento é viver com uma alegre espera, na feliz expectativa da realização do Reino de Deus entre nós. Mas essa espera é revestida de uma esperança escatológica (escathom, do grego = fim último), em meio a tribulações e sofrimentos, assim como viveu o “Filho do Homem” (Lc 21,27), e que se torna sinal de esperança, sinal de que a salvação de Deus prometida desde a Primeira Aliança (AT) está inserida na história humana, conforme a profecia de Daniel que fala da instauração do Reino de Deus, com a vinda de Jesus.

A Celebração do Advento
O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.
As vestes litúrgicas (casula, estola etc) são de cor roxa, bem como o pano que recobre o ambão, como sinal de conversão em preparação para a festa do Natal com exceção do terceiro domingo do Advento, Domingo da Alegria ou Domingo Gaudete, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do libertador que está bem próxima e se refere a segunda leitura que diz: Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto.(Fl 4, 4).
Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser pendurada no prebistério, colocada no canto do altar ou em qualquer outro lugar visível. A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. O círculo sem começo e sem fim simboliza a eternidade; os ramos sempre verdes são sinais de esperança e da vida nova que Cristo trará e que não passa. A fita vermelha que enfeita a coroa representa o amor de Deus que nos envolve e a manifestação do nosso amor que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.
Podemos também, em nossas casas, com as nossas famílias, mergulhar no espírito do Advento celebrando-o com a ajuda da coroa do Advento que pode ser colocada ao lado da mesa de refeição.
Fontes de pesquisa:
- AUGÉ Matias. Espiritualidade litúrgica. São Paulo, Editora Ave Maria, 2002;

- BERGAMINI Augusto. Cristo, festa da Igreja: história, teologia, espiritualidade e pastoral do ano litúrgico. São Paulo, Paulinas, 1994.
- CNBB. Animação da vida litúrgica no Brasil (= Documentos da CNBB 43). São Paulo, Paulinas, 1989.
- CENTRO DE LITURGIA (Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção. São Paulo). Curso de especialização em Liturgia. Uma experiência universitária significativa (apontamentos de Eurivaldo Silva Ferreira – trabalho acadêmico). São Paulo, 1995.
- ADAM Adolf. O ano litúrgico. Sua história e seu significado segundo a renovação litúrgica. São Paulo, Paulinas, 1982.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Formação Humana


A Internet e as Relações Interpessoais:




As relações estão cada dia mais sendo estreitadas por este mecanismo fantástico que se chama de Internet, hoje você pode reencontrar pessoas que você não via a anos através do Orkut e manter contato direto através do MSN e até fazer ligações via Skipe.

Realmente há uma revolução nas relações interpessoais acontecendo no Século 21 que foi surgindo ainda no Século 20 com o boom da Internet na década dos anos 60/70 , hoje o usuário da Internet pode encontrar de tudo na rede mundial.

Exemplos:

• Pagar sua contas bancárias.
• Encontrar pessoas desaparecidas
• Anúncios publicitários
• Estudos em determinados assuntos relevantes
São muitas as facilidades que a Internet nos oferece e hoje viver sem a rede mundial de computadores é indispensável.

Mas não poderia deixar de mencionar o que é divulgado na grande mídia a respeito do mal uso dessa arma poderosa de comunicação em massa que é a Internet, infelizmente existem pessoas mal intencionadas que usam este grande veículo de comunicação para propagar as imoralidades que assolam o mundo nos dias de hoje.

Exemplos:

• Divulgação de imagens sexuais
• Aliciamento a prostituição infantil
• Propagação a prostituição
• Incentivo a violência doméstica
• Incentivo ao tráfico de drogas
Existem muitas outras formas de degradação que são encontradas na Internet e que podem atingir a família brasileira como um rolo compressor, deturpando a formação do caráter familiar sadio.

Quero aqui deixar claro que não sou contra a Internet em si; até porque faço uso dela para mandar e-mails, comprar livros, pesquisar e para a exposição dos meus pensamentos acerca do que ocorre no mundo nos dias de hoje, sou contra, sim! ao mal uso deste poderoso instrumento.

Um Abraço. Pe. Fróes

Ilustrações do Reino de Deus


Ilustrações do Reino:

Certa vez, a onça e o gato estavam conversando. O gato em cima da árvore e a onça no chão. Então a onça pediu: “Gato, eu sou meio bobinha. Ensine-me as suas espertezas”.
O gato concordou, e ensinou para ela a correr, a miar, a subir em árvore, a caçar, a pular para frente... Tempo depois, a onça estava em cima da árvore o gato lá embaixo.
A onça estava com fome. Então ela pensou: “Eu vou comer este gato”. E pulou em cima dele. Mas o gato deu um pulo para trás e escapou.
A onça então lhe disse: “Este truque de pular para trás você não me ensinou!” O gato respondeu: “Claro! Se eu lhe tivesse ensinado, você teria me devorado agora!” Daí surgiu o provérbio: “O pulo do gato”, para designar uma esperteza maior que as dos outros.
Você está convidado ou convidada a aproximar-se mais de Jesus Cristo, pois ele tem o pulo do gato para lhe ensinar. Assim, você não só se livra das onças do mundo, mas poderá ajudar outros a fazer o mesmo. Um abraço. Pe. Fróes.

Olá estamos de volta!!!


Caríssimos amigos, estamos de volta....

Devido aos muitos afazeres em nossa Paróquia São José Operário em Jardim Catarina estamos na medida do possível postando algumas novidades.

Deus abênçõe a todos!!!

Pe. Fróes

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Série: Ano Litúrgico


A Dinâmica do Tempo da Quaresma e da Páscoa
(Pe. Marcelo Fróes – Liturgista)

Queridos irmãos,

A liturgia é a celebração do Mistério Pascal de Cristo. Em volta deste núcleo fundamental da nossa fé, celebramos o Ano Litúrgico que foi se organizado para manter viva a memória do Ressuscitado na vida de cada pessoa e de cada comunidade.

O Ano Litúrgico “revela todo o mistério de Cristo no decorrer do ano, desde a encarnação e nascimento até à ascensão, ao pentecostes e à expectativa da feliz esperança da vinda do Senhor” (SC 102).

O Ano Litúrgico não tem começo nem fim. Ele é tanto “fim” quanto “começo”.

Neste artigo vamos trabalhar a dinâmica do tempo da quaresma e da páscoa.

Tempo da Quaresma

É o tempo de retomar o caminho do evangelho, tempo de reavivar o primeiro amor e, nos preparar para a renovação das promessas batismais na Vigília Pascal. É tempo de renovação,de conversão,de “morte ao pecado”,para que possamos ressurgir para uma vida nova com Cristo na sua Páscoa.

 Dinamismo do tempo da quaresma:

 A quaresma inicia na quarta feira de cinzas e vai até a missa da Ceia do Senhor com a qual se inicia o tríduo pascal.
 São 40 dias em que somos convidados a viver o mistério de Jesus no deserto, na oração pessoal e comunitária, escutando a palavra de Deus, deixando que purifique a nossa fé e nos afaste de tudo o que nos impede de viver a radicalidade do discipulado.
 Também o povo de Deus fez esta experiência de deserto para na terra prometida.

 Tempo de jejum:

Apresentado nas Escrituras e na tradição das comunidades como gesto da liberdade dos filhos e filhas de Deus e como sinal da espera vigilante do Senhor. Sinal de um caminho de “verdadeira conversão”.

 Tempo de caridade – No Brasil a cada ano a CF nos convida a um gesto concreto, para contribuir com a nossa parte na construção de um mundo mais justo e fraterno, como Deus sonhou para seus filhos e filhas.
Ter amor e compaixão, abrir o coração para os irmãos necessitados, excluídos, injustiçados...

O ano “C”, com textos de Lucas, coloca em relevo a misericórdia de Deus e o convite para acolhê-la. A conversão do coração. Duas leituras do AT – tratam do tema batismal da profissão de fé. (Quaresma penitencial).
Nos três anos (A,B,C), a primeira leitura conta os grandes momentos da história da salvação e da caminhada do povo eleito: a criação e o pecado do homem; vocação de abraão, o sacrifício de Isaac, a vocação de Moisés para libertar o povo, o dom da água no deserto, a entrega da Lei; a unção de Davi; a promessa da volta do exílio feita pelos profetas; a páscoa na terra prometida e a ressurreição do povo.

 Lembretes, sugestões:

. Neste tempo não se canta o glória e o aleluia.
. Salmos característicos da quaresma:
51(50), 91(90);
. Outros cantos:
. Clama em alta voz...,
. Como raiar, raiar do dia...,
. Dizei aos cativos...,
. Eis o tempo de conversão...,
. Eu vim para que todos tenham vida...,

A cor litúrgica é o roxo. O espaço da celebração fica mais despojado, sem flores (menos no quarto domingo).
. Não se canta o glória, nem o aleluia. Os instrumentos musicais ficam reservados apenas para acompanhamento dos cantos litúrgicos.
. O que predomina é o silêncio, como um convite à oração.
. O ato penitencial pode receber um destaque maior como anúncio da misericórdia de Deus. Pode ser enriquecido com o rito de aspersão da água recordando o nosso batismo.
. A cruz ganha destaque. Pode entrar na procissão de entrada todos os domingos. As celebrações da penitência e da via-sacra ocupam um lugar importante neste tempo.

Durante a liturgia quaresmal, as leituras bíblicas, cânticos e orações, gestos e silêncios ressoam em nós como convite à conversão.
Fazendo memória da salvação que já se realizou em cristo pelo batismo, somos chamados/as a perceber o que nos falta para viver de acordo com essa salvação.
As imagens que aparecem na liturgia quaresmal falam de renascer, o que implica morrer à maneira do grão de trigo que para dar fruto terá que morrer no chão.
Por isso, a cruz é o segredo do amo que se torna capaz de dar a vida.O amor,a qualquer preço,é um testemunho capaz de gerar a vida.

 Ciclo de leituras para o tempo da quaresma – Ano C:
1º domingo - Lc 4,1-13 - Tentação de Jesus - Cristo vence agora e vencerá depois.
2º domingo - Lc 9,28b-36 - A transfiguração de Jesus - Seu “êxodo” para a glorificação.
3º domingo - Lc 13,1-9 - As vítimas das catástrofes - Necessidade de conversão.
4º domingo - Lc 15,1-3.11-32 - A alegria do Pai na volta do filho pródigo.
5º domingo - Jo 8,1-11 - A mulher pecadora - A misericórdia do Pai.


O Tríduo Pascal

O sagrado Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição resplandece como ápice de todo o ano litúrgico. Portanto, a solenidade da Páscoa goza no ano litúrgico a mesma culminância do domingo em relação à semana.
A Vigília Pascal, na noite santa em que o Senhor ressuscitou, seja considerada a “mãe de todas as vigílias”, na qual a Igreja espera, velando, a ressurreição de Cristo, e a celebra nos sacramentos.
A vigília é o ponto alto do ano litúrgico.


Tempo da Páscoa

50 dias entre o domingo da Ressurreição e o domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um grande domingo”.

Os domingos deste tempo são chamados, depois do domingo da Ressurreição, de II, III, IV, V, VI e VII domingos da Páscoa. O domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinqüenta dias.

Os oito primeiros dias do tempo pascal formam a Oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor.

No quadragésimo dia depois da Páscoa celebra-se a Ascensão do Senhor. No entanto, no Brasil ela é transferida para o domingo seguinte, ocupando assim o VII domingo de Páscoa

As férias depois da Ascensão, até o sábado antes de Pentecostes inclusive, constituem uma preparação para a vinda do Espírito Santo Paráclito.

O Tempo Pascal, na liturgia, é fortemente marcado pela espiritualidade joanina, por ser
o evangelho de João considerado como “evangelho pascal”. Assim, aos domingos, com exceção do da Ascensão, o evangelho é de João, como será de João o evangelho dos dias de semana, exceto alguns dias da oitava da Páscoa, notando-se também que o evangelho de João já vinha sendo lido desde a quarta semana da Quaresma, nos dias de semana.
Além disso, para todos os domingos do Tempo Pascal, a segunda leitura será: para o ano A, a predominância de 1Pd; para o ano B, a predominância de 1Jo; e para o ano C, a predominância do Apocalipse.
Já a primeira leitura do Tempo Pascal é sempre dos Atos dos Apóstolos, confirmando o antigo uso então afirmado por São João Crisóstomo e por Santo Agostinho, e isto se observa tanto para aos domingos como para os dias de semana. Podemos dizer que na primeira leitura do Tempo Pascal, a Igreja conta e ouve a história de si mesma nos seus primórdios, como elemento edificante para a sua própria edificação.

Fontes:

- BERGAMINI, Augusto. CRISTO, FESTA DA IGREJA. O Ano Litúrgico, São Paulo:Paulinas, 1994.
-BUYST Ione, PREPARANDO A PÁSCOA. QUARESMA, TRÍDUO PASCAL, TEMPO PASCAL, Vozes: Petrópolis 1991.
-NOCENT Adrien, "A Quaresma", in: Matias Augé [et al.], O Ano Litúrgico: história, teologia e celebração ( Anámnesis 5), Paulinas, São Paulo 1991.