Este livro é uma homenagem aos 50 anos do ConcílioVaticano II e aos 50 anos do 1º documento conciliar a Constituição Sacrossanctum Concilium.
É um livro de formação com vários opúsculos de formação básica em liturgia.
Uma homenagem aos MESC'S e MEBES que assessoro noVicariato Alcântara.
Espero que todos gostem.... Foi feito com muito amor!!!!
Obrigado a todos da editora Cénáculo Universal.....
GOTAS LITÚRGICAS - Liturgia in focus
Pe. Marcelo Fróes - 34 anos, Pedagogo e Psicopedagogo - Filósofo e Teólogo - Especialista em Liturgia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - São Paulo - Mestre em Teologia Sistemática com área em Liturgia pela PUC/SP; Administrador Paroquial da Paróquia São José Operário em Jardim Catarina - São Gonçalo/RJ - Membro da ASLI (Associação dos Liturgistas do Brasil); Amante da Teologia e da Literatura - Apaixonado pela Liturgia e pela Igreja.
terça-feira, 20 de agosto de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Formação Litúrgica - SC 50 anos!!!!
Sacrosanctum Concilium:
Uma novidade
conciliar que já alcança 50 anos!
50
anos depois da promulgação da Sacrosanctum Concilium, Constituição do Concílio
Ecumênico Vaticano II sobre a Sagrada Liturgia, com aprofunda reforma que este
documento provocou na vida da Igreja, é tempo de reconhecer como sopro do
Espírito os passos dados e todas as vitórias conquistadas. A data da
comemoração está marcada para dezembro de 2013, mas os preparativos já fazem
parte da festa.
Contudo,
é tempo também de avaliar e marcar novos começos. Justamente neste momento em
que ocorrem ventos contrários que põe em risco a obra do Espírito nos 60 anos
do movimento litúrgico e no esforço de renovação de toda a Igreja nestes quase
50 anos.
A
Sacrosanctum Concilium lembra que a obra de Cristo elevada a efeito, sobretudo
na Liturgia da Igreja, de modo que a Liturgia é momento da salvação, até que um
dia o Senhor volte em sua glória para entregar o Reino ao Pai.
A
história de Deus com seu povo é uma história de amor. Um amor concreto que vê a
opressão ouve as necessidades, toma conhecimento dos sofrimentos, desce para
ajudar e salvar (Cf. Ex 3, 1ss).
Na
noite pascal, a assembléia celebrante é exortada a escutar com ouvido de
discípula “como Deus salvou outrora o seu povo e nestes últimos tempos enviou
seu Filho como redentor”. De fato, através dos fatos, acontecimentos, pessoas,
profetas, sábios, etc. Deus agiu na história em favor do seu povo e o salvou.
Para contemplar a obra da redenção, na plenitude dos tempos enviou o seu Filho
único (cf. Gl 4,4). Jesus Cristo, verbo feito carne, ungido pelo Espírito, veio
para anunciar a boa nova aos pobres e curar os contritos de coração. Por Ele,
sobretudo por seu mistério pascal de sua sagrada paixão, ressurreição e
ascensão, foi realizada a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de
Deus.
O
Sacrosanctum Concilium nos prescreve que esta obra de Cristo é continuada na
Igreja que nasceu do lado aberto de Cristo na cruz e continua na sua Liturgia,
onde Cristo está presente. (Cf. SC. 5-7).
A
necessidade de entrar na nova vida revelada em Cristo nos afirma a Sacrosanctum
Concilium que toda a celebração litúrgica é memorial do mistério pascal de
Cristo. A Liturgia nos faz ver, contemplar e experimentar a história da
salvação a partir do seu cumprimento. (Cf. SC. 9).
Vamos apresentar de forma sintética o esquema
da SC, vejamos:
è Introdução
nn. 1-46: Princípios gerais para
a reforma e incremento da sagrada liturgia
n.1:
Objetivo Geral do Concílio Vaticano II
nn.
2-4: Objetivo específico da SC com respeito à Liturgia
Capítulo
I
nn.
5-8: A natureza da liturgia
nn.
9-13: O lugar da liturgia no conjunto da vida e ação da Igreja e dos fiéis
nn.
14-20: Os Institutos e seminários garantem formadores especializados e que
possam iniciar o povo na liturgia
nn.
21-25: Normas gerais para a reforma da Liturgia
nn.
26-31: Normas de índole hierárquica e comunitária
(nn. 30-32: Prever formas concretas, também
rubricas, para garantir a participação ativa dos fiéis)
nn.
33-36: Normas de índole didática e pastoral
nn.
37-40: Normas para se realizar a adaptação
nn.
41-46: Incremento da Liturgia nas dioceses e paróquias, a ser incentivado pela
pastoral litúrgica
(nn. 44-46: a necessidade de comissões nacionais e
diocesanas, de música e arte sacra, com participação de leigos)
Capítulo
II
nn.
47-58: O sagrado ministério da Eucaristia – Fundamentação teológica:
Eucaristia, memorial da morte e ressurreição do Senhor, no qual participam os
fiéis diretamente
(nn. 51-53: Abrir mais o tesouro da bíblia,
insistência na homilia, restauração da oração dos fiéis)
(nn. 54-58: Língua vernácula, pão consagrado na
missa atual, comunhão sob duas espécies, concelebração)
Capítulo
III
nn.59-82:
Outros sacramentos e os sacramentais
(nn. 59-61: Fundamentação teológica deste capítulo –
memória da páscoa, sinais eficazes que supõe, alimentam, fortalecem e exprimem
a fé, para a santificação do corpo de Cristo, nas diversas circunstâncias da
vida)
(nn. 64-65: A restauração do catecumenato dos
adultos e sua adaptação)
(nn. 66-70: Batismo de adultos e crianças e sua
adaptação)
(nn. 72-78: Sacramento da Penitência, Unção dos
Enfermos, Ordem e Matrimônio e respectiva adaptação)
(nn. 79-82: Adaptação a cerca dos sacramentais ao
nosso tempo, tendo presente o princípio da participação consciente, ativa e
fácil. Menciona as bênçãos, o rito da Consagração das Virgens e as exéquias)
Capítulo
IV
nn.
83-101: Ofício Divino (Liturgia das Horas)
(nn. 83-86: Fundamentação teológica deste capítulo)
(nn. 87-89: Fazer cada ofício corresponder à
respectiva hora)
(nn. 91-94: Nova distribuição dos salmos e reforma
dos hinos)
(nn. 95-101: Possibilitar mais ampla participação,
também dos leigos)
Capítulo
V
nn.
102-111: Ano Litúrgico
(nn. 102-104: O Ano Litúrgico com seu ritmo diário, semanal
e anual, torna presente o mistério da páscoa de Cristo na vida da Igreja. Une à
memória de Cristo, a dos mártires e dos santos)
(nn. 108-111: Faz referência à necessária hierarquia
das festas e memórias, destacando o tempo da quaresma)
Capítulo
VI
nn.
112-121: Música Sacra
(nn. 112-113: Função ministerial do canto e da
música, que constituem parte integrante da liturgia. Deve estar unido à ação
ritual)
Capítulo
VII
nn.
122-130: A arte sacra e as vestes litúrgicas
(122-123: Fundamentação teológica deste capítulo. A
arte segundo a índole dos povos e as exigências dos ritos)
Diante
desta motivação teológico-liturgica fica evidente que o Concílio visava não
apenas uma reforma externa dos ritos litúrgicos, mas uma nova compreensão da
Liturgia, uma nova mentalidade litúrgica, uma renovação também interna,
espiritual da Liturgia e da Igreja.
A
grande novidade do Concílio Vaticano II nos leva a refletir que a Liturgia leva
a efeito a obra da redenção, ela mesma é um momento da história da salvação.
Usando categorias bíblicas afirmou ser a liturgia o memorial do mistério pascal
de Cristo, ponto culminante de todo o caminho pascal de Jesus e ponto
culminante de toda a história de Deus com o seu povo (entre a primeira aliança
e o fim dos tempos). Pelo batismo, mediante o Espírito que é fruto de sua
páscoa, estamos associados a este mistério pascal (o nosso mistério pascal
também faz parte da liturgia; Medellín aprofundou e ampliou esta compreensão da
páscoa aplicando-a as lutas e vitórias do povo da América Latina). Não é por
acaso que a reforma colocou no coração da prece eucarística a aclamação
memorial: Todas às vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos
Senhor, a tua morte, enquanto esperamos tua vinda.
Perguntas
para Reflexão:
1.
Nestes
50 anos de Sacrossanctum Concilium, qual a motivação que a Igreja tem dado a
renovação litúrgica?
2.
Na
atual conjuntura a Liturgia celebrada na Igreja, tem seguido o pensamento da
SC?
3.
O
que podemos fazer para que a SC possa ser mais conhecida e celebrada nestes
seus 50anos de existência?
Fontes:
·
Revista de
Liturgia, meses de Janeiro e Fevereiro - Março e Abril, nºs. 229 e 230, p. 3 e 19.
·
VVAA. A
Liturgia, Momento histórico da Salvação, São Paulo: Paulinas, 1987, p. 41.
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