Pe. Marcelo Fróes - 34 anos,
Pedagogo e Psicopedagogo -
Filósofo e Teólogo -
Especialista em Liturgia pela
Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - São Paulo -
Mestre em Teologia Sistemática com área em Liturgia pela PUC/SP;
Administrador Paroquial da Paróquia São José Operário em Jardim Catarina - São Gonçalo/RJ -
Membro da ASLI (Associação dos Liturgistas do Brasil);
Amante da Teologia e da Literatura - Apaixonado pela Liturgia e pela Igreja.
Em continuidade com a reflexão da Ascensão do Senhor, na ótica do envio missionário e evangelizador, a solenidade de Pentecostes destaca a essencialidade da presença do Espírito Santo na vida do evangelizador. O Evangelizador não pode ser um simples “falador” do Evangelho, precisa ser discípulo, alguém que fala e age no Espírito Santo de Deus. Em sentido geral, evangelizador é todo batizado que vive o Evangelho e dele dá testemunho com a vida e, mais estritamente, aquele que se empenha em alguma atividade apostólica ou pastoral. Que o Divino Espírito Santo venha sobre nós, transforme os nossos corações num coração renovado e cheio de boas atitudes e faça em nós, novas todas as coisas. Amém. Um abraço. Pe. Fróes.
Amados, percebo em algumas celebrações, que no momento da proclamação das leituras na missa, os leitores costumam fazer reverência para o padre, porém, quando subimos ao presbitério para o ministério de leitor, devo reverenciar em primeiro lugar a mesa do sacrifício: o Altar que é o centro, o coração da Igreja. Até o padre quando sobe ao presbitério a reverência dele ao altar é peculiar, ele o beija em sinal de respeito, carinho e atenção.
O altar, sinal de Cristo, é o centro do edifício da Igreja. A centralidade do altar no conjunto do espaço litúrgico não é teologicamente uma conclusão, mas o ponto de partida. A centralidade do altar com relação ao edifício de culto reflete a centralidade de Cristo com relação à assembléia litúrgica, ao mundo e à história.
O altar da igreja e o altar do coração guardam juntos uma íntima relação. Aquele é o coração do santuário; este é a realidade mais profunda da pessoa, seu santuário interior. O altar da igreja e o altar do coração se complementam mutuamente, e, de um modo misterioso, compõem um só. O altar verdadeiro e perfeito onde se oferece o sacrifício de Cristo é a unidade viva de ambos, porque a vida cristã é uma espécie de alteridade celebrativa e uma convivência existencial que engloba toda a vida do batizado. Sobre esse altar vivo, que é seu coração, os cristãos oferecem «sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por meio de Jesus Cristo». Oferecem seus «corpos como hóstia viva, santa, agradável a Deus» (IGMR, nº. 306).
O altar é para ser visto e contemplado, como memorial dos mistérios que aí se celebram. Quanto ao uso de arranjos e flores, a Igreja pede que se observe a “moderação”. “No Tempo do Advento se ornamente o altar com flores com moderação tal que convenha à índole desse tempo, sem contudo antecipar aquela plena alegria do Natal do Senhor. No Tempo da Quaresma é proibido ornamentar com flores o altar. Excetuam-se, porém, o domingo ‘Laetare’ (IV Domingo da Quaresma), solenidades e festas”.
Em geral, “a ornamentação com flores seja sempre moderada e, ao invés de se dispor o ornamento sobre o altar, de preferência seja colocado junto a ele” (IGMR, n. 305). Na verdade, se Cristo é o altar verdadeiro e o altar representa Cristo em sua entrega por nós, é lógico que o mesmo nem precisa de enfeite. Ele já é belo por si mesmo. Por isso, a Igreja recomenda moderação, inclusive sugerindo que, “ao invés de se dispor o ornamento sobre o altar, de preferência seja colocado junto a ele”. Devemos fazer tudo para que o altar realmente apareça na sua inteireza.
Em nosso próximo artigo, vamos falar um pouco sobre a “Genuflexão”, o que é isso? É um gesto litúrgico?